Hospital Santa Rosa de Lima vai aumentar rigidez na triagem de atendimentos do PA

Regras do Protocolo de Manchester vão classificar os atendimentos de acordo com a gravidade

Foto: Vinícios Rech/Rádio Sobradinho AM

Uma coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira (5), organizada pelo Hospital santa Rosa de Lima de Arroio do Tigre, mostrou a preocupação dos profissionais e da administração da casa de saúde quanto o aumento exponencial na procura por atendimentos no Pronto Atendimento. Conforme Verediana Limberger, gestora do hospital, o sistema hospital e as equipes estão enfrentando uma sobrecarga de atendimento, que na maioria das vezes, não se encaixam na urgência e emergência.
De acordo com a enfermeira-chefe, Carine Hermes, os atendimentos variam entre 450 e 550 por mês e apenas 10% desse quantitativo são realmente classificados como urgência ou emergência.

A recomendação do Hospital, que inclusive encontra dificuldade na contratação de novos profissionais, é que as pessoas sejam conscientes no uso do serviço. Uma enfermeira vai atuar, a partir de agora, no primeiro contato com os pacientes que necessitarem de atendimento no PA. Ela vai verificar os sinais vitais e estabelecer a cor conforme o protocolo de Manchester, adotado há algum tempo pelo hospital. Nesse protocolo, os pacientes são identificados com quatro cores, dependendo do quadro clínico. As cores azul e verde permitem que o paciente possa esperar de duas a quatro horas para receber o atendimento de um médico. Já as cores amarelo e vermelho garantem um atendimento mais imediato, quando se caracteriza a urgência e emergência dos casos.

De acordo com os médicos Mauro Gimenez Olazar e Rodrigo Guidolin, que participaram da coletiva e atuam nos plantões, é necessário que as pessoas utilizem de forma correta o PA para garantir a qualidade do serviço prestado. Conforme eles a emissão de receitas e exames não serão mais via PA, tendo em vista que esses procedimentos devem ser feitos junto às Unidades Básicas de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde. Eles também destacam que ninguém ficará sem o atendimento, mas que agora os casos de menor gravidade terão de esperar por mais tempo para receber o atendimento, conforme o protocolo.

A gestora do hospital também salientou a forma como algumas pessoas procuram o atendimento e se relacionam com os profissionais, citando até mesmo um caso de agressão a uma técnica de enfermagem durante um atendimento. A alta demanda, segundo ela, desestabiliza o curso normal dos atendimentos e satura as equipes envolvidas, ainda mais quando, na maioria das vezes, esse atendimento poderia ocorrer em uma Unidade Básica de Saúde. Atualmente, o Hospital santa Rosa de Lima tem uma equipe de profissionais de prontidão 24 horas por dia para atender casos de urgência e emergência.

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