Foto: Marcelo Kervalt -MPRS
O administrador do Hospital São João Evangelista, Juliano da Silva, falou sobre a operação do Ministério Público desencadeada nesta quarta-feira, 21. A investigação contra médicos, ex-funcionárias e ex-administradores do hospital de Sobradinho apura denúncia de cobranças ilegais em atendimentos feitos pelo SUS. Juliano da Silva destacou que, da mesma forma que a população foi surpreendida com as ações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), a atual gestão do hospital também foi.
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O gestor ressaltou que as investigações não miram na atual administração, mas sim gestões anteriores. O administrador lembrou que quando a nova administração do hospital assumiu foi solicitada uma auditoria externa para averiguar a situação financeira e, agora, aproveitou para disponibilizar todos os documentos necessários, inclusive uma cópia desta auditoria, a fim de contribuir com a investigação do Ministério Público.
Para evitar que novos casos como este venham a acontecer e que funcionários se utilizem da estrutura da casa da saúde, Juliano destacou que novas medidas foram adotadas como a redução de circulação de dinheiro em espécie dentro do hospital e a orientação para que, sempre que houver pagamento direcionado à instituição, seja exigida a Nota Fiscal para fins de comprovação. O administrador lembrou ainda que os serviços do hospital não foram afetados com a operação, uma vez que a instituição não foi o alvo dos investigadores.
Juliano também destacou a imagem fragilizada do Hospital São João Evangelista devido aos diversos acontecimentos dos últimos anos. Segundo ele, algumas medidas como a reestruturação física interna e externa do prédio e até a mudança de nome do hospital estão sendo planejadas.
Na operação Falsità, o Ministério Público recolheu seis aparelhos celulares, três HDs, um notebook, um pen drive, quatro armas de fogo, 25 munições intactas calibre .38 e outros 45 cartuchos de calibres .24 e .32. Também foram apreendidos R$ 11.300,00 em dinheiro; U$ 12.172,00 dólares; $ 4.810,00 pesos; e ₲ 2.000,00 guaranis – moeda paraguaia. As apreensões correram no hospital, numa clínica particular e nas residências dos investigados. Os nomes dos investigados não foram divulgados pelo Ministério Público.