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Câmara de Sobradinho discute impactos da intervenção no Hospital São João Evangelista

Durante a sessão, foram abordadas questões sobre o atendimento, o quadro de pessoal, e os contratos da instituição que está sob intervenção municipal.
Foto: Fabrício Ceolin

A Comissão de Finanças, Orçamento, Serviços Públicos e Transportes da Câmara convocou a secretária municipal de Saúde, Ana Feron; o prefeito Armando Mayerhofer, e o interventor do Hospital São João Evangelista, Edenir Buligon, para debater a intervenção no hospital e seus impactos. Durante a sessão, foram abordadas questões sobre o atendimento, o quadro de pessoal, e os contratos da instituição que está sob intervenção municipal.

O prefeito Armando Mayerhofer ressaltou que, embora o município esteja gerenciando o hospital, ele não foi municipalizado. Ele salientou que a intervenção judicial apenas atribuiu ao município a administração da casa de saúde. O interventor, Edenir Buligon, explicou que o principal foco do trabalho atual, é a auditoria e a regularização dos alvarás. Ele também falou sobre a reorganização do quadro funcional; a gestão de medicamentos e materiais, e enfatizou que a intervenção marca uma mudança significativa. Buligon ressaltou que os compromissos assumidos pela Associação São Marcos, antes da decisão judicial, são responsabilidade da gestão anterior, e que a gestão atual está lidando com as questões a partir de agora.

O interventor salientou que está trabalhando no pagamento da folha de funcionários e na regularização das rescisões contratuais feitas após a sua chegada. Além disso, uma reunião com médicos de Sobradinho está prevista para esta semana a fim de explorar a possibilidade de prestação de serviços particulares. Edenir Buligon também falou da contratação do Grupo AT Médicos, responsável pelo pronto atendimento e serviços diários no hospital, contrato de R$ 122 mil reais por mês. A administração conseguiu retirar o hospital do Cadastro de Inadimplentes (Cadin), o que permitirá o recebimento de repasses do governo do Estado. No entanto, a Associação São Marcos perdeu o status de filantropia.

Os gestores ainda enfrentam dificuldades para acessar a contabilidade da instituição e estimam um passivo de cerca de R$ 10 milhões de reais. O interventor ressaltou que somente com o acesso completo à contabilidade será possível verificar o destino de pelo menos R$ 1 milhão e 600 mil reais em emendas parlamentares.

Edenir Buligon afirmou ainda que a ação civil pública em andamento e o Ministério Público exigem que os interventores apresentem uma auditoria detalhada do hospital em 45 dias. O futuro da entidade mantenedora será decidido pela Justiça, enquanto os atendimentos continuam normalmente. Um comitê de entidades foi formado para acompanhar os trabalhos e auxiliar em campanhas beneficentes para o hospital São João Evangelista – unidade de Sobradinho.

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