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“A situação dos agricultores familiares, em sua grande maioria da região Centro Serra, é muito preocupante”. A declaração é do Consultor Técnico em Agropecuária, José Francisco Teloken. Conforme ele, o La Niña, que segundo os meteorologistas, chegou ao seu fim, depois de 3 anos em atividade climática consecutiva, está deixando rastros de desolação, pois, devido à falta de precipitação de chuvas normais, os prejuízos na micro região Centro Serra são muito grandes.
Teloken destaca que “pegando os dados da safra atual 2022/2023, das principais culturas, a única que se salva é o fumo”. Na cultura do milho primeira safra, cuja colheita já está encerrada, nas lavouras plantadas com alta tecnologia, a média de quebra na produtividade foi mais de 60%. A soja, segunda maior economia, a quebra na produtividade hoje, segundo Teloken, atinge em torno de 65%, sendo que 90% das lavouras da leguminosa já estão colhidos.O milho safrinha, considerado muito importante para a subsistência das propriedades rurais da região, mais de 80% das lavouras estão sendo cortados para produção de silagem. O consultor salienta ainda que na cultura do feijão a quebra na produtividade passa de 65%.
Teloken ressalta que na região Centro Serra, mais de 95% dos agricultores fazem o seguro Proagro. Ele observa que para piorar a situação, os preços da saca de soja, milho e trigo estão despencando a cada dia que passa. José Francisco Teloken avalia que “a cultura do fumo ainda é vai pagar as contas da grande maioria dos agricultores familiares, e consequentemente movimentar a economia da região Centro Serra”.