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A delegada Graciela Foresti Chagas esclareceu, nesta quinta-feira, 13, porque não pediu a prisão do motorista que atropelou a jovem Estefany Larissa Tavares, no último fim de semana. Em entrevista ao programa Enfoque da Rádio Sobradinho, ela explicou que a legislação não prevê a possibilidade de prisão preventiva em caso de homicídio culposo de trânsito, crime pelo qual o autor do atropelamento deverá ser indiciado. Segundo ela, a única possibilidade neste caso teria sido a prisão em flagrante, o que não ocorreu porque o motorista fugiu do local.
A adolescente de 15 anos morreu quando foi atingida na madrugada do último domingo, ao voltar de uma casa de eventos, junto de mais três pessoas que caminhavam na ERS 347, nas proximidades do Distrito Industrial, em Sobradinho. A delegada também informou o que disse o motorista em seu depoimento. Ele alegou que ao fazer uma ultrapassagem a outro veículo teria percebido que colidiu com um vulto sem conseguir identificar o que era. E que apenas teria tomado conhecimento de que se tratava de uma pessoa no dia seguinte, com a repercussão do acidente.
Segundo a delegada, de acordo com o relato dos amigos da vítima, o grupo caminhava sobre a pista da rodovia, lado a lado, com exceção de um dos jovens que seguia pelo acostamento. Graciela Foresti Chagas informou que a pena prevista na lei para este tipo de crime é de 2 a 4 anos de reclusão, com o acréscimo de mais um terço pelo fato de o motorista não ter prestado socorro, e mais um terço por não possuir carteira de habilitação. Na entrevista ela ainda esclareceu que o fato de o condutor ser militar não impede que ele seja julgado pela justiça comum.
O pai de Estefany também concedeu entrevista à Rádio Sobradinho, na tarde desta quarta-feira. Ele se disse indignado pelo fato de o motorista não ter sido preso ao se apresentar à polícia, ontem. Familiares e amigos da adolescente estão organizando um protesto para pedir justiça. O ato deverá ocorrer nesta sexta-feira, às 18 horas, no centro da cidade. O grupo também pretende arrecadar recursos para a contratação de um advogado. Na entrevista desta quinta-feira, a delegada informou que não está descartada a possibilidade de investigar a responsabilidade de quem forneceu bebida alcóolica à vítima do atropelamento na casa de eventos de onde havia saído. E também quem era o responsável por ela naquele local.
Confira a entrevista: