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O Deputado Federal Heitor Schuch (PSB), justificou seu voto, que ajudou a derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro que previa repasse de R$ 5,7 bilhões de reais para o financiamento de campanhas eleitorais previstos na LDO. Ele foi questionado pelo repórter Fabricio Ceolin, durante entrevista ao programa Quadro Geral da Rádio Sobradinho nesta segunda-feira (10). Desde 2018, a legislação eleitoral impede doação de pessoas jurídicas para políticos, podendo o financiamento de campanhas ser feito pelo próprio candidato, por doações de pessoas físicas e pelo fundo eleitoral.
O valor do fundo eleitoral em cerca de R$ 4,9 bilhões para 2022 foi definido após negociações com líderes do Centrão, que resistiam em reduzir o valor previsto inicialmente. Schuch votou a favor da derrubada do veto, ou seja, a favor do fundo eleitoral. Durante a entrevista, o deputado disse que ninguém é obrigado a saber do rito legislativo, mas justificou que votou pela derrubada do veto, para que pudesse mexer no orçamento. Ele salienta que se fosse o presidente o TSE, colocaria à disposição dos partidos uns R$ 3 bilhões e não os R$ 4.9 bilhões que foi aprovado o qual destaca que votou contra. O parlamentar revelou ainda, que o valor do fundão eleitoral significa 0,1% do orçamento da União.
O parlamentar disse achar um absurdo também o que foi aprovado no orçamento da União e teve também seu voto contra, os títulos de pagamentos da dívida pública. Segundo ele, os bancos recebem R$ 53,00 a cada R$ 100 reais do orçamento da União, comprometendo mais da metade do orçamento que poderia ser investido em programas sociais ou emendas para os municípios. Segundo o deputado Heitor, especialistas avaliam que a dívida da União já teria sido paga.
O parlamentar salienta ainda que também não houve por parte do governo, previsão de recursos para desoneração da folha, e que o resultado disso, será muitos desempregos. Heitor Schuch diz até entender quando a imprensa pergunta sobre o fundão eleitoral, avaliando que R$ 4.9 bilhões que não é pouca coisa. Mas ressalta que no contesto do orçamento geral da União, isso representa 1 centavo de cada cem reais recolhidos à título de impostos.