Os dados relativos à segunda estimativa da safra de grãos de verão foram apresentados pelo diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, na última terça-feira (11), na Expodireto Cotrijal em Não-Me-Toque. O levantamento das informações – realizado pelos extensionistas rurais dos escritórios municipais da Instituição no período de 16 a 28 de fevereiro de 2025, compilados e revisados pela gerência de Planejamento juntamente com os regionais – aponta que o Rio Grande do Sul deve colher nesta safra 28.050.178 toneladas de grãos, em uma área cultivada de 8.435.197 hectares. Em entrevista ao Programa Enfoque da Rádio Sobradinho AM, Baldissera disse que os dados também apontam que o milho é a cultura mais presente nas propriedades rurais devido ao seu uso em diversas cadeias produtivas.
Nesta safra foram cultivados 696.587 hectares com o grão, com produtividade média de 6.866 quilos por hectare (kg/ha), 21,6% a mais que a safra 2023/2024. O milho silagem ocupa uma área de 336.531 hectares e se estima uma produção superior a 12,3 milhões de toneladas, um aumento de 11,9% quando comparado à safra anterior. A soja, principal cultura do Estado, apresenta um pequeno aumento de área cultivada, 0,3%. A cultura foi implantada em mais de 6,7 milhões de hectares. No entanto, as condições climáticas não foram favoráveis ao desenvolvimento da cultura, o que ocasionou a redução de 17,4% da produção, sendo esta estimada em 15.072.765 toneladas, com produtividade de 2.240 kg/ha ou 37,33 sc/ha (redução de 20,3% de produtividade quando comparada à safra 2023/2024).
O feijão 1ª safra é cultivado em uma área de 27.149 hectares e alcançou uma produção de 49,9 mil toneladas. Já na 2ª safra, a estimativa é que o feijão seja cultivado em 11.913 hectares, uma redução de 46,5% de área em relação à safra anterior, e obtenha uma produção de 18.196 toneladas. O diretor técnico da Emater, durante a entrevista, deixou evidente que os agricultores precisam ser, cada vez mais, resilientes frente ao clima que se apresenta. Baldissera destacou que é preciso planejar e implementar a irrigação, independentemente da cultura.