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O Hospital Santa Rosa de Lima deu mais um passo na regionalização dos partos. No entanto, até agora, apenas três municípios demonstraram interesse na adesão ao serviço. De acordo com o coordenador da 8ª Coordenadoria Regional de Saúde, Júlio Lopes, após reunião com a direção da casa de saúde, ficou definido que Arroio do Tigre, Estrela Velha e Passa Sete devem utilizar o serviço. Esses municípios já usufruíam dos serviços do Santa Rosa de Lima, mas agora ficará estabelecido em contrato o que compete ao município conveniado e ao prestador de serviço.
Os outros municípios da região ainda não sinalizaram positiva ou negativamente à contratualização dos partos. Segundo Lopes, esta é uma tratativa entre casa de saúde e gestores dos respectivos municípios, pois o hospital de Arroio do Tigre estabeleceu uma série de custos que o serviço acarreta e os valores seriam repassados aos municípios contratantes. Ele ainda ressaltou que o hospital está apto a fornecer o serviço e que, após análise de estrutura e documentações, foi indicado pela equipe técnica da Secretaria Estadual de Saúde para esse fim.
Sobre a mãe que deu à luz um bebê dentro de uma ambulância e teve atendimento negado pelo Hospital Santa Rosa de Lima, o coordenador disse que acompanhou de perto o caso e que fez uma série de questionamentos ao hospital de Arroio do Tigre, que está com um processo de sindicância aberto para apurar a responsabilidade, e ao Hospital São João Evangelista de Sobradinho, onde a mulher estava aguardando para realizar o parto. Além disso os municípios envolvidos também receberam questionamentos e as documentações encaminhadas à coordenadoria foram anexados a um processo enviado à auditoria do Estado que deverá tomar as devidas providências.
Júlio Lopes ainda destacou que assim que recebeu a informação sobre o caso esteve reunido no mesmo final de semana com a gestão do hospital. Ele destacou que houveram erros graves e que a diretoria do hospital se comprometeu responsabilizar os envolvidos no caso e que não é prática comum do hospital. Conforme ele, o Ministério Público também deve estar apurando o caso. Lopes destacou que é inadmissível que uma mãe ganhe seu bebe na porta de um hospital e não tenha acesso a ele.
Questionado se a casa de saúde pode sofrer algum tipo de punição, o coordenador disse que se o Estado julgar que houve descumprimento de contrato por não ter atendido a mãe naquela ocasião, pode haver perdas no repasse de recursos. No entanto, ele reiterou que reprimenda maior, caso houver, pode ser por parte do Ministério Público.