As chuvas dos dias 31 de dezembro de 2024 e 1º de janeiro de 2025 vieram acompanhadas de granizo no Vale do Rio Pardo. A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) recebeu mais de 1,6 mil avisos de sinistros em lavouras de tabaco nas microrregiões de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Sobradinho e Candelária.
Considerando ainda as demais microrregiões do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, o total de notificações ultrapassou 3,7 mil nesses dois dias. A área mais atingida foi a de Santa Cruz, com 1.069 ocorrências, seguida por Sobradinho, com 302; Venâncio Aires, com 261; e Candelária, 46. Gramado Xavier, Boqueirão do Leão, Sinimbu, Dom Feliciano e Cerro Branco foram alguns dos municípios afetados. No Rio Grande do Sul, destacam-se as microrregiões de Canguçu e Camaquã, com 530 e 447 notificações, respectivamente.
No total, 2.655 ocorrências no Estado. Santa Catarina registrou 237 em cinco microrregiões e o Paraná, 853 em três microrregiões. No comparativo com o mesmo período da safra passada, contudo, as ocorrências de granizo reduziram significativamente. No ciclo 2023/2024, até o dia 1º de janeiro de 2024, a Afubra já havia recebido 32,7 mil avisos nos três estados do Sul. Agora, na safra 2024/2025, até 1º de janeiro de 2025, são 12,1 mil notificações (queda de 63%). Mas o número atual deve aumentar.
Do total plantado na região Sul, 51% do tabaco já foi colhido. A Afubra observa, contudo, que grande parte das microrregiões atingidas estava nas primeiras apanhas da colheita. Assim, o prejuízo é maior. A instituição observa que é difícil estimar o tamanho da perda neste momento e serão necessários de dez a 15 dias para concluir o levantamento iniciado na última quinta-feira, dia 2.