A decisão do Hospital Santa Rosa de Lima de não renovar o contrato do Pronto Atendimento com a empresa AT Médicos foi tomada de forma unilateral. A informação foi confirmada pelos médicos Mauro Gimenez Olazar, Rodrigo Guidolin e João Kischener, sócios-proprietários da empresa. Em entrevista ao programa Enfoque desta sexta-feira, 10, eles disseram que foram surpreendidos com a notificação de que o contrato não será renovado após o dia 31 de janeiro. Afirmaram que não foi apresentada nenhuma justificativa por parte da direção do hospital ou algum descontentamento. Os médicos chegaram a dizer que ouviram especulações de forma informal sobre possíveis gastos excessivos durante o PA com medicamentos.
Eles, no entanto, acreditam que a razão seja outra. Negaram, ainda, que o motivo possa ser um eventual aumento de solicitações de exames de imagem da clínica implantada por eles em Arroio Tigre, anexa ao hospital. De acordo com Mauro Gimenez, Rodrigo Guidolin e João Kischener, o presidente do hospital, Ernani Zimmer, teria sido voto vencido na diretoria e não teria concordado com o rompimento. Conforme os médicos, Zimmer teria dito que pretende inclusive deixar a presidência da Associação Beneficente Santa Rosa de Lima, mantenedora do hospital, após retornar das férias.
Os profissionais asseguraram que nunca deixaram de cumprir com os atendimentos e que tentaram uma reunião com a diretoria antes de expor publicamente a situação. Segundo eles, a direção do hospital já teria uma reunião marcada com nova empresa que deverá prestar o serviço. Os três médicos esclareceram também que apenas deixam de atuar no Pronto Atendimento, mas permanecem no corpo clínico da instituição. A direção do Hospital Santa Rosa de Lima, procurada pela reportagem, preferiu não se manifestar. Já o presidente da Associação, Ernani Zimmer, não respondeu às mensagens até o fechamento desta edição.
