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Morre aos 99 anos o príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II

Duque de Edimburgo havia passado por cirurgia no coração no mês passado

O Palácio de Buckingham anunciou nesta sexta-feira a morte do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II. O duque, que voltou ao Castelo de Windsor há três semanas após um mês no hospital para uma cirurgia cardíaca, faleceu dois meses e um dia antes de seu centésimo aniversário.

“Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor. A Família Real junta-se a pessoas de todo o mundo no luto por sua perda. Novos anúncios serão feitos oportunamente”, afirmou Buckingham em comunicado. Bandeiras em edifícios históricos na Grã-Bretanha foram colocadas a meio mastro quando um período de luto foi anunciado. 

A saúde do Duque vinha se deteriorando lentamente há algum tempo – ele renunciou seus compromissos reais em maio de 2017 e, em 2018, passou por uma cirurgia do quadril. Em fevereiro deste ano, ele foi internado no Hospital privado King Edward VII em Marylebone por precaução depois de se sentir mal. Na sequência, foi submetido a uma operação cardíaca, realizada no Hospital St Bartholomew, na cidade de Londres, no mês passado.

A morte significa um novo revés para a família real britânica em um momento de crise para a monarquia, após a explosiva entrevista concedida pelo príncipe Harry e sua esposa Meghan no mês passado à apresentadora de televisão americana Oprah Winfrey.

Na entrevista, Harry, 36 anos, e Meghan, 38, explicaram os motivos de sua estrepitosa saída da realeza britânica e exílio na Califórnia. Eles afirmaram que um membro da família real demonstrou “preocupação” com a cor da pele que teriam seus filhos.

Pouco depois, Harry afirmou que a pessoa que fez a declaração não foi sua avó, a rainha, nem o avô, Philip, conhecido por diversas gafes e piadas de mau gosto, assim como pelo forte temperamento e franqueza.

Trajetória

Nascido príncipe da Grécia e da Dinamarca em 10 de junho de 1921, ao casar com Elizabeth ele renunciou à carreira militar e se submeteu ao estrito protocolo ligado à função. Sempre mostrou uma entrega total à coroa britânica.

Em 2009, Philip bateu o recorde de longevidade dos consortes dos monarcas britânicos, até então pertencente à Charlotte, a esposa de George III.  Depois de participar em mais de 22.000 compromissos oficiais desde que sua esposa chegou ao trono em 1952, o duque se aposentou da atividade pública em agosto de 2017.

Desde então, foi hospitalizado diversas vezes, a penúltima em dezembro de 2019 por “problemas de saúde preexistentes”. Em janeiro de 2019, ele sofreu um grave acidente de carro quando seu Land Rover bateu em outro veículo nas proximidades da residência de Sandringham e capotou. Após o incidente, ele parou de dirigir.

A vida de Philip foi devastada quando ele tinha apenas 18 meses: seu tio, rei da Grécia, foi obrigado a abdicar e seu pai foi desterrado depois da guerra entre Grécia e Turquia. Seus pais, como ele e as quatro irmãs, fugiram a bordo de um navio das Forças Armadas britânicas.  Ele foi enviado para um internato na Escócia e, a partir de 1939, estudou na Escola Naval de Dartmouth, sul da Inglaterra.

Na época, Philip conheceu a princesa Elizabeth, com quem se casou em 20 de novembro de 1947. O casal teve quatro filhos (Charles, Anne, Andrew e Edward).  Em novembro de 2017, por ocasião do aniversário de 70 anos de casamento, os sinos da abadia de Westminster, onde aconteceu a cerimônia de matrimônio, tocaram durante mais de três horas em homenagem ao casal real.

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