Agentes da força-tarefa do Programa Segurança dos Alimentos promoveram nessa terça-feira (18), uma fiscalização em cinco estabelecimentos comerciais de Arroio do Tigre, e apreenderam 2,1 toneladas de produtos considerados impróprios para o consumo. Foram inutilizados quase 900 quilos de carcaças, principalmente de porcos, encontrados em um dos estabelecimentos.
Outras irregularidades verificadas pelos agentes foram produtos vencidos, sem indicação de procedência, fora da temperatura adequada e com problemas de rotulagem. Foram apreendidos também, de forma cautelar, unidades de álcool com venda proibida em mercados. Esses produtos foram destinados para doação a órgãos municipais de saúde na região.
Participaram da operação de fiscalização, o promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Porto Alegre, servidores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS), representantes da Vigilância Sanitária Municipal de Arroio do Tigre, da Secretaria Estadual da Saúde, da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (SEAPI), da Delegacia do Consumidor (DECON) e Patrulha Ambiental da Brigada Militar (PATRAM).
Já a Agroindustrial Tigre, empresa com 23 anos de atuação no ramo frigorífico e de embutidos em Arroio do Tigre, emitiu nota quarta-feira (19) esclarecendo informações a respeito da fiscalização feita nesta terça-feira (18), por agentes da força-tarefa do Programa Segurança dos Alimentos. Segundo a empresa, diferentemente do que foi divulgado no site do Ministério Público, o frigorífico não foi interditado, e tal informação equivocada será apurada.
O comunicado destaca que a agroindústria é registrada no Serviço de Inspeção Municipal (SIM) de Arroio do Tigre, que enfrentava deficiência devido à falta de Médico Veterinário titular há cerca de seis meses. Nesse período, o Município recorreu à contratação de profissionais terceirizados, que, segundo a empresa, não possuíam o conhecimento técnico adequado para o SIM. O Estado solicitou ao Município a apresentação de um plano de ação para regularizar a situação. Recentemente, a administração municipal contratou uma médica veterinária por meio de processo seletivo, que iniciou treinamento para atuar na inspeção.
Durante a fiscalização da Força-Tarefa, a Agroindustrial Tigre foi autuada pela falta de fiscalização adequada, uma responsabilidade do poder público municipal. Por conta disso, os suínos abatidos no dia foram considerados impróprios para o consumo. A empresa ressaltou que não é responsável pelo funcionamento do SIM e reafirmou seu interesse em que o serviço opere de forma eficiente, uma vez que depende diretamente dele para suas atividades.
Nota na íntegra:
A Agroindustrial Tigre, empresa atuante há 23 anos no ramo frigorífico e de embutidos no município de Arroio do Tigre, a respeito da fiscalização ocorrida em 18 de março, esclarece que:
- A empresa NÃO foi interditada, ao contrário do que foi erroneamente noticiado, fato que será apurado oportunamente;
- A empresa é registrada no Serviço de Inspeção Municipal de Arroio do Tigre (SIM), que estava sem Médico Veterinário titular há cerca de 6 meses. Nesse período, o Município de Arroio do Tigre contratou empresa terceirizada e, posteriormente, por contrato temporário, Médico Veterinário. Os profissionais não tinham o necessário conhecimento técnico para atuar no SIM, de modo que houve o apontamento pelo Estado para que o Município apresentasse plano de ação, regularizando o SIM.
- A atual administração está envidando esforços e através de processo seletivo, contratou Médica Veterinária que iniciou treinamento para inspeção na semana passada.
- Na data de 18/03, uma Força-Tarefa esteve fiscalizando a empresa e outros estabelecimentos e constatou a deficiência do Serviço de Inspeção Municipal, autuando a empresa por não ter fiscalização adequada (que cabe ao poder público municipal).
- Dessa forma, os suínos que estavam sendo abatidos na data foram considerados impróprios para o consumo pois a fiscalização do SIM foi considerada inadequada.
- Não somos responsáveis pelo Serviço de Inspeção Municipal. Pelo contrário, dependemos do seu bom funcionamento para trabalhar.
- Somos os principais interessados em que o Município disponha de um SIM eficiente e ativo e sempre estivemos dispostos e submetidos a qualquer apontamento que fosse feito
- Os nossos clientes conhecem a qualidade e o compromisso de mais de duas décadas de trabalho.
- Esperamos que em breve o Poder Público Municipal possa estar plenamente preparado para atuar em todas as agroindústrias de Arroio do Tigre para que continue mantendo o título de Celeiro de Centro Serra.
- seguimos trabalhando, investindo e acreditando nesta terra de gente honesta e do bem!