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Operação Monopólio II combate tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Lagoão

As investigações se estenderam por mais de dois anos, iniciadas após a deflagração da primeira parte da Operação Monopólio, em 2021

Foto: Divulgação

A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia Regional de Soledade, sob coordenação da Delegada Regional Fabiane Bittencourt, com apoio de delegacias de Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Cruz, Ijuí, Carazinho, Brigada Militar e Corpo de Bombeiros, cumpriu na manhã desta quinta-feira, 17, a segunda etapa da Operação Monopólio. A ação contou com efetivo de 145 Policiais Civis, 80 Policiais Militares e 2 Bombeiros Militares, nas cidades de Soledade, Arvorezinha, Fontoura Xavier e Lagoão.

Foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de prisão preventiva, além de bloqueio de contas bancárias e indisponibilidade de bens imóveis e veículos que ultrapassam o valor de 10,4 milhões de reais. Até o momento, 3 pessoas foram presas. Diversos veículos e objetos de interesse à investigação foram apreendidos.

As investigações se estenderam por mais de dois anos, iniciadas após a deflagração da primeira parte da Operação Monopólio, em 2021. O objetivo da ação é combater uma organização criminosa, atuante na região de Soledade, que se utiliza do tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O “modus operandi” dos criminosos é complexo e elaborado. A lavagem de dinheiro ocorre através de diversas práticas criminosas, dentre elas: utilização de contas de “laranjas” para armazenar e transferir grandes volumes financeiros, envolvimento de terceiros que guardam dinheiro em espécie, utilização de empresas “de fachada” e de empresas “fantasmas” (que não existem fisicamente), além de compras reais e simuladas de bens móveis e imóveis.

Dentre as empresas “de fachada”, há vários segmentos, como revenda de veículos, barbearia, mercado e boate. Também foram identificado empresas “fantasmas”: locadora de veículos, revenda de produtos de limpeza, comércio de produtos esportivos e supermercado. Além disso, eram negociados cavalos de raça em transações para ocultação de patrimônio. Os criminosos utilizavam uma técnica denominada “reverse flips”, que consiste em simular a valorização ou lucro a partir de venda de bens móveis ou imóveis. Eram adquiridos imóveis com preços muito abaixo de seu valor de mercado, de usuários de drogas, buscando esconder a origem ilícita do dinheiro no suposto lucro da venda.

A investigação identificou dois líderes, três operadores que coordenavam o esquema de lavagem de capitais, quatorze integrantes que atuavam como “laranjas” ou em outras atividades relacionadas e, por fim, treze Pessoas Jurídicas atuantes na organização criminosa. Um advogado era o principal operador financeiro no esquema de lavagem. Ele advogava em favor de membros de facção criminosa, recebendo valores mensalmente. Servidores públicos também participavam do esquema, como “laranjas”.

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