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Suspeitos de morte em suposto ritual religioso seguem presos após audiência de custódia

Na tarde dessa quarta-feira (14), em São Sepé, ocorreu a audiência de custódia e a Justiça decidiu pela conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva dos quatro envolvidos no caso.

Foto: Rafael Menezes/Diário de SM

Os quatros suspeitos pela morte de Zilda Corrêa Bittencourt em um suposto ritual religioso no Cemitério de Colônia Antão Faria, em Formigueiro, continuarão presos. Na tarde dessa quarta-feira (14), em São Sepé, ocorreu a audiência de custódia e a Justiça decidiu pela conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva dos quatro envolvidos no caso. O advogado Ariel Cardoso, responsável pela defesa do cachoeirense, Francisco da Rosa Guedes, que se identifica como pai de santo, informou que formalizou um pedido pela liberdade de seu cliente, assim como a revogação da prisão preventiva com aplicação de medidas cautelares. O defensor argumentou que o suspeito tem 65 anos, é réu primário, tem residência fixa, recebe aposentadoria, não possui antecedentes criminais e não tem na religião sua fonte de sustento. As medidas cautelares solicitadas pela defesa, entretanto, foram negadas pela Justiça.

Também foi negada a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar. O advogado havia amparado a solicitação no fato de Francisco ser um homem idoso, com doença pulmonar, cardiopatia, além da diabetes, que o faz necessitar do uso de insulina três vezes ao dia. Segundo reportagem do Jornal O Diário, de Santa Maria, Ariel destacou que também será pedida a prisão domiciliar nos próximos dias. A defesa dos outros três réus deve emitir uma manifestação sobre a conversão da prisão para preventiva. Após a morte de Zilda Bittencourt, novos desenvolvimentos surgiram na investigação, resultando na prisão de quatro suspeitos envolvidos no caso.

Na noite do crime, os irmãos Larry Chaves Brum e Nayana Rodrigues Brum foram detidos em flagrante pelas autoridades. Na manhã do último domingo, o líder quilombola Jubal dos Santos Brum, 57 anos, pai de Larry e Nayana, apresentou-se na delegacia de polícia, acompanhado de uma advogada. O pai de santo Francisco Guedes foi capturado na residência de Jubal, localizada no Quilombo Passo dos Maia, local onde foi acolhido ao ir morar no município. Já o marido e o filho de Zilda foram ouvidos como testemunhas do caso. ​

Para a defesa de Jubal e dos filhos, os três não foram responsáveis pela morte de Zilda e são inocentes. Contudo, as advogadas que defendem a família apontam a responsabilidade para Chico Guedes.  Já a defesa de Francisco afirma que se tratou de um ritual religioso como tantos outros existentes no Brasil, que seguiu as leis da religião. A investigação está a cargo da delegada Carla Dolores Castro de Almeida, de Formigueiro. Mais detalhes da investigação não foram divulgados. O corpo de Zilda Bittencout foi sepultado no início da noite de sábado, dia 10, no Cemitério de Bom Retiro, em Restinga Sêca.

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